Eu nunca fui num sarau.
Meus poemas são da boca suja,
sem ponto e vírgula
e som pra ouvidos.
Eu nunca levei minhas palavras pra transar.
Elas são assexuadas.
Se amam,
se traem,
pecam e pagam promessas.
Eu nunca criei rimas com intenção.
Sem ordem e obediência.
Por desejo ou carência.
Eu compus.
Eu menti.
Eu nunca escrevi nada.
Eu nunca escrevi nunca.
Eu nunca escrevi.
Eu nunca existi.
Eu nunca eu.
Só sou quem e o quê as palavras me deixam ser.
Em primeira e única pessoa.
NOSSA! QUE ISSO! Um dos seus melhores, Ariê. Curti MUITO! De verdade!
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