Pudera eu criar um soneto como Camões;
Citando amadas e amores,
Como líricas e detalhadas canções,
Capazes de idealizar em versos o perfume das flores.
Meu amor não é fogo que arde sem se ver,
Mas é chama de meu coração silencioso;
Semelhante aos prantos da água ao chover,
O embalar de meu sorriso temeroso.
A métrica não é capaz de decidir,
O que as palavras podem ou não dizer;
Estas maestras que sem olhar podem despir.
Minha vida parte em cada entardecer;
O crepúsculo dos deuses vem se despedir,
E meu canto se põe para um novo ser.
Palavras muito mais que belas.
ResponderExcluirMuito mais que obrigada.
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